quarta-feira, 26 de maio de 2010

Mais?

Continuando...

Às vezes eu acho que eu sou disléxica.
Não gosto que desconhecidos me abracem.
Odeio suor (estar suada, e pessoas suadas).
Incomodo-me com erros de português (escritos e pronunciados).
Sou hipocondríaca.
Adoro incenso.
Amo ler. Não gosto de escrever.
Às vezes eu esqueço o meu nome (sério, eu esqueço! mas isso só dura alguns segundos).
Adoro vestido.
Reparo inconscientemente e compulsivamente mãos, unhas e bocas das pessoas.
Odeio mel.
Não lembro se eu já tomei banho.
Fico nervosa quando vejo desperdício de água.
Sofro de Síndrome do Impostor.
Tenho atração por homens mais velhos.
Amo vinho.
Sofro de insônia. (Quando estou em crise, não falo com ninguém de manhã, não me perguntem por que, nem eu sei)
Não me lembro de aniversários e datas importantes. (Eu falo que lembro, mas eu não lembro)
Não gosto de sol, areia, praia. Prefiro a noite.
Amo a noite.

Isso tudo te assusta? Normal, às vezes eu também me assusto.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Anúncio!

Vendem-se sonhos e ilusões perdidas a preços módicos!

Aceita-se qualquer forma de pagamento.

Interessados falar com a alma inquieta ao lado.

Ótima oportunidade de negócio, você não vai perder essa, vai?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Ces't la vie!

É incrível como a vida nos prega peças. Um dia quando você menos espera você vive uma coisa, que de tão incrível você acha que nunca mais vai viver na sua vida. Você conhece pessoas, conhece lugares, vive experiências novas, conversa, troca informações, beijos, carinhos, e-mails, telefone, enfim. Você passa a fazer planos, a criar expectativas, a planejar das coisas mais simples às mais absurdas. Você cria vínculos, cria laços, cria afeto, cria imaginações, cenas... A sua vida toma rumos diferentes, a cada dia você renova suas esperanças, você deixa pra trás algumas, você passa a buscar por outras. E de repente tudo pode mudar numa tarde de sábado. Sim, é impactante, é cruel, é triste, como queiram. Mas é a verdade. Todos os seus planos vão por água abaixo, tudo muda de lugar. Mas sabe o que mais me chama atenção nisso tudo... É a chance que a vida te dá de recomeçar. A gente sofre, chora, fica completamente down, liga pros amigos, alguns bebem, outros oram. Mas recomeça. Vai ao fundo do poço e emerge totalmente restabelecido. Ficam feridas, mágoas, mas elas nos ensinam. Não há nada que passamos na vida, de que não se tira um proveito. Por mais triste que você fique você sempre vai lembrar de alguma coisa com saudade, vai sempre ficar uma lembrança boa, vai sempre ficar uma coisa especial, uma lição. Você não vai se arrepender do que fez, talvez você se arrependa do que não tenha feito, por que ai você pode dizer, eu tentei, eu entreguei minha cara a tapa, eu entreguei meu corpo, eu entreguei minha alma, eu me permiti. Até que já restabelecido, você conhece mais pessoas, vive mais coisas novas, troca as experiências adquiridas com as situações anteriores, é um ciclo, se repete, até o fim dos seus dias... E você vai olhar tudo isso, com aquele ar de missão cumprida e vai poder dizer: Obrigada Deus, eu vivi...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Eu?

Eu amo máquina de lavar.
Atendo o telefone falando: Uhuu!
Depois de um espirro eu falo: Segura!
Acordo mal humorada e falo: Merda!
Odeio as palavras: balde, doente, sapatão e idiota (por favor, não as use perto de mim)
Eu como gororoba quando estou depressiva.
Adoro andar descalço.
Pânico de banheiro público (sério, eu fico nervosa!)
Adoro chá. Adoro café. Adoro sorvete.
Penso em um milhão de coisas antes de dormir.
Quando eu faço besteira, eu digo baixinho: maldição.
Adoro pizza. Adoro perfumes.
Tenho fobia à multidão.
Não como na frente de estranhos.
Adoro abricó, pêssego e morango.
Assisto Os Simpsons.
Me acabo de sorrir de seriados americanos.
Não gosto de Crepúsculo, Lua Nova, Harry Poter e coisas afins.
Odeio fenômenos adolescentes.
Adoro esmaltes escuros.
Não me emociono ou choro com facilidade (histórias tristes, cenas emocionantes ou finais felizes).
Odeio o barulho. Aprecio o silêncio.
Amo dormir.
Eu só lembro o que eu quero.
Assisto Bob Esponja.
Odeio alguém me cutucar.
Odeio gritarem meu nome.
Eu tenho medo de correr, tenho medo de altura, tenho medo de escada.
Quando eu olho uma barata eu corro atrás dela até matar.
Quando estou com sono eu não falo coisa com coisa, e quando eu falo, eu não me lembro.

Continua...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim [...]

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
Quero apenas que me ame não me importando com que intensidade. [...]

Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre.
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. [...]

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
Alguém me valoriza pelo que sou não pelo que tenho [...]

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
Que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
E que valeu a pena.

(atribuído a Mario Quintana, não tenho certeza)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Newton explica!

Ultimamente, várias pessoas (e confesso que até eu mesmo), meio que por uma onda de ceticismo religioso, ou medo do julgamento final, preocupados com minha alma, ou simplesmente porque eu despertei curiosidade, me fizeram questionamentos sobre a minha concepção de "Deus"... "Mas você acredita em Deus?" elas me perguntavam... "Depende do que você define por Deus", era minha resposta. E passei a refletir mais sobre isso, não exatamente sobre a existência, por que eu acho que o meu tão pequeno conhecimento ainda não chegou ao ponto de ser capaz de fazer tal questionamento, mas sim, sobre minha concepção do que é Deus. Eu já tive várias concepções na minha vida, acreditem ou não, até meus 15 anos eu tinha a ideia de ser freira arraigada na minha mente. Tive a fase, do "será que Ele existe mesmo?", "será que eu realmente devo acreditar em tudo que me falam?", isso capitaneado por algumas doses de filosofia, de alguns filósofos e pensadores em especial... Bom, não foi fácil. Até hoje ainda busco essa concepção, essa minha opinião. Mas, de tudo o que aprendi de tudo que vivi e que busquei, nada foi supérfluo. Tenho minha opinião formada acerca de algumas coisas. Não tenho religião, porque como disse Marx, pra mim é o mal da humanidade. Minha religião sou eu e Ele. Não acredito nem desacredito em doutrinas e dogmas. Respeito, mas questiono. Não acredito num Deus, que nos tem como marionetes, que diz o que deve e o que não deve ser feito, que temos que obedecer inquestionavelmente, que nos diz o que é bom e o que mal, e que se formos bonzinhos, teremos como recompensa um lugarzinho bom no céu, por isso era tão fácil subverter as crianças no Nazismo, era só oferecer doces a ela e dizer que o "Deus" delas não fazia isso. Se esse é o Deus que você acredita, não nesse Deus eu não acredito. Eu acredito numa força superior, que está em todas as coisas, que habita em mim, que me permite errar, me permite acertar, e aprender com meus erros, e crescer com meus acertos, que não me diz o que fazer, mas me orienta quando eu preciso. Sim, nesse Deus eu acredito. Acredito plenamente na Sua existência. Até porque pra isso, eu remeto a uma frase que sintetiza tudo o que eu falei de Isaac Newton, a quem me dei liberdade de tomar por minhas, suas palavras: Se Deus não existisse, seria necessário que inventássemos um!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Viver não dói...

Nos últimos tempos, andei estudando muito (mesmo!). O meu curso chegou a um nível de discutir e relacionar os meios de viver, a vida. Nossa nunca gostei tanto de estar nesse meio como agora. Antes, me sentia um peixinho fora d'água; agora, me sinto um peixinho inexperiente e indefeso desse imenso oceano da vida. O que eu achei realmente muito interessante é como cada área de conhecimento descreve a vida, descreve o corpo, descreve o ser. É impressionante como as visões se confundem, divergem, e até entram em conflito, não só umas com as outras, mas com minhas opiniões, como cidadã, como ser humano, como cética. A fisiologia, por exemplo, descreve o corpo como "uma sociedade de 100 trilhões de células, trabalhando mutuamente, exercendo funções distintas". A religião (sim, a religião também entra nessa discussão, pode não parecer, mas para a ciência a religião ainda é um fator importante, uma pedra no sapato alguns diriam, pois ainda limita muito os avanços científicos), descreve a vida como um dom divino, e corpo com uma obra do Criador, como a morada de uma alma, a morada de "Deus". Isso é um conflito constante, todos os dias, mais comum do que a gente pensa. A Bioética é tão fascinante e tão obscura ao mesmo tempo, que eu nem sei explicar. Bom, isso me fez lembrar uma frase, que remete a um preceito hedonista, a que muito me identifico. Só um adendo: eu certamente jamais diria isso a uma paciente, e jamais entraria em discussão com qualquer área de conhecimento (ciência ou religião), até pela profissão que eu vou seguir no que diz respeito ao sentido desta expressão. Mas a expressão é a seguinte: O corpo num é uma máquina como nos diz a ciência, e nem um pecado como nos ensinou a religião. O corpo é uma festa! Eu concordo. O corpo é uma festa, a vida é festa. E você, concorda?

domingo, 2 de maio de 2010

Superego Marguerite

É engraçado, eu diria, até um tanto irônico, o que os homens dizem sobre nós mulheres. De fato, não me refiro a todos os homens, seria uma arrogância minha. Sempre falam que somos complicadas, que ninguém entende a cabeça das mulheres, enfim, esses comentários clichês sobre nossa natureza. Mas digo que não somos tão complicadas assim. Claro que temos dias de tensão, os dias em que as "camélias da janela estão vermelhas" (quem leu A dama das Camélias, sabe a que me refiro), mas em geral o que nós mulheres esperamos dos homens é tão simples que a mente pequena de alguns deste seres não conseguem enxergar. Não é preciso ser provido de uma inteligência extraordinária pra isso. Na verdade são eles que complicam as coisas. Queremos sensibilidade, não corpos sarados, cheio de músculos, ou demonstração de força física, isso só me faz acreditar ainda mais que os homens realmente descendem dos macacos, parecem gorilas. Se os homens soubessem o que eles podem conseguir com uma lágrima, eles seriam mais amados, e nós menos destruidoras. Queremos um pouco mais de educação, cavalheirismo. Parem com essa idéia fixa de que mulher gosta de dinheiro. Queremos mais respeito conosco, mais valor. As mulheres às vezes permitem que enganem seu amor, porém jamais que firam seu amor próprio. A diferença está no modo de falar, de saber como tratar uma mulher. Existem homens que se arruinariam sem nada obter de nós, há outros que nos obtém com um buquê de flores. Queremos um pouco mais de inteligência, de cultura. Por mais previsível que seja esta expressão, mas inteligência literalmente me atrai. Mesmo. Me excita! Claro que uma boa aparência contribui pra isso, mas não é um fator decisivo. Quando uma mulher se apaixona pelo intelecto, pela mente de um homem, ela se entrega, muito mais rápido do que o faria com um "corpo bonito". Falando por mim, eu não sou uma pessoa muito difícil de conquistar, basta me falar algumas palavras bonitas. É o suficiente pra eu me sentir viva, acesa. Será que isso tudo é tão difícil assim?!