quinta-feira, 6 de maio de 2010

Viver não dói...

Nos últimos tempos, andei estudando muito (mesmo!). O meu curso chegou a um nível de discutir e relacionar os meios de viver, a vida. Nossa nunca gostei tanto de estar nesse meio como agora. Antes, me sentia um peixinho fora d'água; agora, me sinto um peixinho inexperiente e indefeso desse imenso oceano da vida. O que eu achei realmente muito interessante é como cada área de conhecimento descreve a vida, descreve o corpo, descreve o ser. É impressionante como as visões se confundem, divergem, e até entram em conflito, não só umas com as outras, mas com minhas opiniões, como cidadã, como ser humano, como cética. A fisiologia, por exemplo, descreve o corpo como "uma sociedade de 100 trilhões de células, trabalhando mutuamente, exercendo funções distintas". A religião (sim, a religião também entra nessa discussão, pode não parecer, mas para a ciência a religião ainda é um fator importante, uma pedra no sapato alguns diriam, pois ainda limita muito os avanços científicos), descreve a vida como um dom divino, e corpo com uma obra do Criador, como a morada de uma alma, a morada de "Deus". Isso é um conflito constante, todos os dias, mais comum do que a gente pensa. A Bioética é tão fascinante e tão obscura ao mesmo tempo, que eu nem sei explicar. Bom, isso me fez lembrar uma frase, que remete a um preceito hedonista, a que muito me identifico. Só um adendo: eu certamente jamais diria isso a uma paciente, e jamais entraria em discussão com qualquer área de conhecimento (ciência ou religião), até pela profissão que eu vou seguir no que diz respeito ao sentido desta expressão. Mas a expressão é a seguinte: O corpo num é uma máquina como nos diz a ciência, e nem um pecado como nos ensinou a religião. O corpo é uma festa! Eu concordo. O corpo é uma festa, a vida é festa. E você, concorda?

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